Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia
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Eurogin roadmap 2017

Foi recentemente publicado, no International Journal of Cancer, o roteiro elaborado pelo EUROGIN.

Esse grupo apresenta nessa publicação, estratégias de triagem das mulheres positivas para HPV em programas de rastreamento do câncer cervical.

O exame de câncer cervical dependerá, cada vez mais, do teste de HPV como rastreio primário. O requisito para testes de triagem, que podem delinear infecção clinicamente significativa, é portanto necessário. Neste roteiro elaborado pelo grupo do EUROGIN 2017, são apresentadas as justificativas, além das evidências, e também os desafios para a sua implementação. O exame citológico é o que apresenta maior número de dados de seguimento; sendo que o grupo de mulheres com teste HPV oncogênico positivo e citologia negativa, deve ser cuidadosamente considerado para se estabelecer o intervalo para o reteste, assim como a escolha de qual reteste deverá ser utilizado. Além disso, a citologia depende de análises subjetivas, da coleta clínica adequada, e o uso do teste de dupla coloração p16/Ki-67, pode melhorar a variação interobservador. Comparativamente, a genotipagem e os marcadores de metilação são objetivos e podem ser realizados por auto coleta, oferecendo vantagens logísticas principalmente em locais com baixo e médio desenvolvimento. Entretanto, em populações imunizadas, a genotipagem pode ter pouco retorno e para evitar a baixa especificidade, os tipos incluídos, devem ter um balanço de risco absoluto para a doença. Os marcadores de metilação celulares e virais têm mostrado resultados animadores mas são necessários mais dados prospectivos além de refinamentos em automação. É importante ressaltar que as estratégias de triagem por plataformas de múltiplos passos, devem melhorar o rastreamento mas ao mesmo tempo não podem criar vias complexas e incontroláveis para uso clínico. Inevitavelmente a chave para as decisões sobre a melhor estratégia, vai estar no balanço entre risco absoluto da doença e custo financeiro, embora existam diferenças de risco dependendo da localidade e país. Finalmente, devido a mudanças significativas no rastreamento do câncer de colo uterino e a variedade de estratégias para a triagem das mulheres em risco, é essencial que se promova um programa educacional, tanto para os profissionais de saúde quanto para o publico em geral.

 

A publicação pode ser conferida AQUI (em inglês).