Domiciana M. M Guerra
Orientador: Dr. José Roberto Filassi
Guerra, D.M.M: Achados colposcópicos e citológicos do colo uterino de mulheres de acordo com o tempo de menopausa e na vigência de terapêutica para reposição hormonal. São Paulo, 1998. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Foram estudadas 92 mulheres com pelo menos um ano da menopausa para avaliação dos achados colposcópicos e citológicos da cérvice.
Foram analisadas características colposcópicas epiteliais e vasculares, medida da espessura cervical e abertura do orifício externo. Foram tratadas e seguidas 42 mulheres, sendo 31 com reposição hormonal e 11 com placebo. A análise estatística dos dados foi realizada com teste do Qui-quadrado e Teste exato de Fischer, para achados colposcópicos e citológicos e testes t-student, Mann-Whitney e ANOVA, para abertura do orifício cervical e espessura do colo. As correlações entre esses elementos, o tempo de menopausa, faixa etária e atividade sexual foram realizadas através do coeficiente linear de Pearson. Concluiu-se que os achados colposcópicos correlacionam-se positivamente com o tempo de menopausa, faixa etária e atividade sexual. Após 05 anos da menopausa observa-se, na maioria das mulheres epitélio escamoso original hipotrófico ou atrófico, a junção escamocolunar não visível e o teste de Schiller irregular ou iodo-claro. Após 8 anos,o muco é escasso ou ausente e há maior freqüência de hemorragia subepitelial ou petéquias. A partir da quinta década, a idade atua sinergicamente com o tempo de menopausa. A atividade sexual desempenha papel contra a atrofia cervical apenas nos primeiros cinco anos após a última menstruação. Os achados citológicos demonstraram que o material colhido pode ser adequado, independentemente da idade. A terapêutica de reposição hormonal melhora as condições epiteliais do colo uterino e a produção de muco, tornando a colposcopia mais sensível e confiável para as mulheres, após a menopausa.