Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia
Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia

Estudo da evolução da neoplasia intra-epitelial cervical grau I em pacientes submetidas à conduta expectante

Marcia Fuzaro Terra Cardial

Orientador: Prof. Dr. Nelson Valente Martins

Cardial, MFT. Estudo da evolução da neoplasia intra-epitelial cervical grau I em pacientes submetidas à conduta expectante. São Paulo, 2001. Dissertação (mestrado)– Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Objetivo : avaliar os índices de persistência, regressão e progressão da NIC I em pacientes submetidas à conduta expectante.

Casuística e Métodos : estudamos 79 pacientes portadoras de NIC I, com lesão cervical totalmente visibilizada pelo exame colposcópico, que foram submetidas a tratamento expectante no Serviço de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia da Faculdade de Medicina do ABC, no período entre janeiro de 1996 e julho de 1998.

A duração máxima da observação foi de 12 meses. A cada três meses as pacientes foram submetidas a consultas de controle, nas quais o colo uterino foi avaliado através de colpocitologia oncológica, colposcopia e, eventualmente, biópsia. Ao término da observação, as pacientes que apresentaram lesão persistente foram submetidas à técnica excisional com CAF e os espécimes foram avaliados histopatologicamente.

Resultados:

TABELA 1 – Resultados referentes à regressão, persistência e progressão nas 79 pacientes portadoras de NIC I.

Evolução

Número de casos

%

Regressão

54

68,3

Persistência

21

26,6

Progressão

04

5,1

Total

79

100

Tabela 2 – Resultados dos exames histopatológicos das 17 pacientes em que houve persistência de doença, submetidas à excisão da zona de transformação por cirurgia de alta freqüência.

Histopatológico

Número de casos

%

Cervicite crônica

03

17,6

Infecção por HPV

02

11,8

NIC I

08

47,0

NICII

04

23,5

Em 54 pacientes (68,3%) observamos regressão da lesão, em 21 pacientes (26,6%) verificamos persistência e em quatro (5,1%) constatamos progressão para NIC II.

Conclusões:

1 – Na maioria das pacientes ocorreu regressão da lesão.

2 – Em reduzido número de pacientes houve progressão para NIC II.

3 – Em nenhuma das pacientes deu-se progressão para NIC III ou para neoplasia invasora.