Você já ouviu falar sobre vulvodínia?
A dor vulvar crônica acima de três meses, em que a paciente sofre com essa dor porque dificulta suas relações sexuais, a atividade física, o uso de roupas justas e o uso de tampões vaginais. Existem vários tratamentos para isso, porém a maioria das pacientes são refratárias a eles.
Ultimamente, tem sido falado de uma nova modalidade terapêutica, que é a toxina botulínica. Sim, é o botox que o dermatologista utiliza. E qual o objetivo? De relaxamento da musculatura pélvica.
O Botox tem sido utilizado na região do assoalho pélvico para que haja um relaxamento e, consequentemente, a melhora da dor. Dura cerca de quatro a seis meses, necessitando de reaplicação. Existem já estudos em fase 2, mas, claro, ensaios clínicos devem ser desenvolvidos para que haja comprovação final.
Entretanto, vale a pena ressaltar que o Botox vem se tornando uma arma terapêutica bastante interessante e alternativa para aquelas pacientes que são refratárias ao tratamento convencional.
Referências
- Goldstein A, Rubin R, Dahir M, Goldstein I, Faught BM, Bohm-Starke N, Krapf J, Caetano P, Volteau M, Silva R. Phase 2 randomized study of abobotulinumtoxina in patients with provoked vestibulodynia: dose-finding results. J Sex Med. 2025 Apr 15;22(4):588-596. doi: 10.1093/jsxmed/qdaf022. PMID: 39953376.
- Karp BI, Tandon H, Vigil D, Stratton P. Methodological approaches to botulinum toxin for the treatment of chronic pelvic pain, vaginismus, and vulvar pain disorders. Int Urogynecol J. 2019 Jul;30(7):1071-1081. doi: 10.1007/s00192-018-3831-z. Epub 2019 Jan 7. PMID: 30617506.
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Dra. Marcia Fuzaro Terra Cardial é Professora associada da Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC. Chefe do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia e do Setor de Patologia do Trato Genital Inferior e colposcopia da Faculdade de Medicina do ABC. Doutora em Ginecologia pela Santa Casa SP. Presidente da ABPTGIC Nacional. Membro da Comissão Nacional Especializada em PTGI FEBRASGO.

