No rastreamento do câncer anal, o foco é a população de risco. A avaliação deve incluir sempre o toque retal em todas as consultas e, anualmente, a citologia anal e/ou o teste de DNA-HPV.
Se a citologia vier alterada a partir de ASC-US, já está indicada a anuscopia. O HPV isolado tem baixa especificidade em grupos de alto risco, mas se for positivo, também devemos encaminhar.
O coteste — citologia mais HPV — oferece maior segurança. Assim, se tivermos ASC-US ou LSIL com HPV positivo, encaminhamos para anuscopia; se forem negativos, repetimos em um ano. HPV 16 positivo exige anuscopia, mesmo com citologia normal. E diante de ASC-H ou HSIL, a anuscopia também é mandatória, independentemente do resultado do HPV.
Referência bibliográfica:
- International Anal Neoplasia Society’s consensus guidelines for anal cancer screening.
- Stier EA, Clarke MA, Deshmukh AA, Wentzensen N, Liu Y, Poynten IM, Cavallari EN, Fink V, Barroso LF, Clifford GM, Cuming T, Goldstone SE, Hillman RJ, Rosa-Cunha I, La Rosa L, Palefsky JM, Plotzker R, Roberts JM, Jay N.Int J Cancer. 2024 May 15;154(10):1694-1702. doi: 10.1002/ijc.34850. Epub 2024 Jan 31.PMID: 38297406.
CLIQUE AQUI e assista este conteúdo em formato de vídeo.
Dra. Ana Carolina Rosário de Sica é Mestre em Ciências da Saúde na Irmandade Santa Casa de São Paulo. Doutoranda em Ciências da Saúde na Irmandade Santa Casa de São Paulo. Preceptora voluntária do Setor de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia da Santa Casa São Paulo. Currículo Lattes: https://lattes.cnpq.br/6788385873766134.

