Caetano da Silva Cardial
Orientador: Prof. Dr. Nelson Valente Martins
Cardial, SC. Estudo comparativo entre resultados obtidos na linfadenectomia pélvica pelas vias videolaparoscópica e laparotômica. São Paulo, 2001. Dissertação (mestrado)– Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Objetivo: comparar a técnica de linfadenectomia pélvica videolaparoscópica com a técnica laparotômica convencional, em relação a número de linfonodos dissecados, tempo cirúrgico, complicações e tempo de internação.
Casuística: Foi realizado estudo retrospectivo de 45 linfadenectomias pélvicas realizadas em pacientes portadoras de carcinoma do colo uterino, na Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC, no período entre março de 1992 e março de 1999. Em 27 pacientes, que constituem o Grupo 1 do presente estudo, foi praticada linfadenectomia por via videolaparoscópica, isoladamente (13 pacientes) ou associada a histerectomia radical (14 pacientes). Todos os procedimentos foram realizados pelo mesmo laparoscopista.
Nas demais 18 pacientes, que participam do Grupo 2, a linfadenectomia pélvica foi realizada por via laparotômica, sempre associada a histerectomia radical. Igualmente, todas as intervenções foram praticadas pelo mesmo cirurgião.
Resultados:
TABELA 1 – Comparação entre o número de linfonodos removidos, o tempo de cirurgia e o tempo de internação nas pacientes do Grupo 1 e aquelas do Grupo 2.
Variáveis Grupo
Número de
linfonodos
Tempo de cirurgia (min)
Tempo de internação
(dias)
1 Média
Desvio padrão
16,85
(6,19)
258
(85,73)
4,12
(1,56)
2 Média
Desvio padrão
13,33
(3,76)
190
(47,54
3,78
(0,65)
A única complicação decorrente da prática da linfadenectomia ocorreu em paciente submetida a esta intervenção por via laparoscópica. Consistiu em choque hipovolêmico no primeiro dia de pós-operatório, devido a sangramento de ramo da artéria hipogástrica.
Conclusões:
1- Em relação ao número de linfonodos dissecados, não observamos diferença significativa entre a linfadenectomia videolaparoscópica e a laparotômica.
2- Igualmente não observamos diferença significativa em relação ao tempo cirúrgico, ao tempo de internação e ao índice de complicações, quando comparados os dois procedimentos.